AMENDOEIRA-DA-PRAIA! JÁ DEVE TER VISTO!
Amendoeira-da-praia
A amendoeira-da-praia (Terminalia catappa ) é cultivada em diversas regiões tropicais do mundo devido à sombra densa que suas folhas proporcionam.
No outono, a árvore fica com folhas amarelas e vermelhas e os exemplares mais velhos podem ficar totalmente despidos de folhas no inverno.
Origem
As amendoeiras-da-praia são originárias da Índia e da Nova Guiné . Teriam chegado por aqui nas primeiras embarcações portuguesas. Os troncos das árvores eram usados como contrapeso nos navios. Quando chegavam aqui, as árvores (e os frutos e as sementes) eram abandonadas na areia da praia. A árvore se adaptou muitíssimo bem ao clima quente, úmido e ensolarado da orla do Rio de Janeiro, São Vicente e Salvador. Daquele momento em diante, passou a se disseminar ao longo de toda a orla da região Sudeste principalmente.
Frutos
Frutos de uma amendoeira-da-praia no Guarujá-SP. Imagem: Adriano GronardÉ importante dizer que a árvore desta matéria em nada tem a ver com a amendoeira que nos fornece a popular amêndoa doce (Prunus dulcis), que é cultivada em regiões áridas e quentes do sul da Europa e do norte da África.
Em Santos-SP, os frutos da árvore destacada são conhecidos como “cuca” e no Espírito Santo, como “castanha”.
Muitos nomes!!!
A árvore é também chamada de amêndoa, amendoeira, castanheira, anoz, árvore-de-anoz, castanholeira, coração-de-nego, castanhola, sete-copas, chapéu-de-sol, guarda-sol, (esses últimos dois nomes devido à densa sombra que a árvore proporciona), entre outros nomes populares.
Uso medicinal
As folhas contêm vários flavonóides (como kamferol ou quercetina ), vários taninos (como punicalina , punicalagin ou tercatina ), saponinas e fitoesteróis .
É conhecida por suas propriedades medicinais em peixes e por ajudar em seus criadores por séculos, na reprodução de peixes em Taiwan, onde usam-se folhas secas da planta, colocando-as no aquário ou no filtro.
Veja também o uso medicinal de outras plantas na matéria “ DORMIR MELHOR? Essas plantas podem te ajudar!“
A amendoeira dos escritores
Mesmo que não seja tão ilustre quanto nossos nativos ipês, quaresmeiras, paineiras e manacás , as amendoeiras sempre tiveram seus admiradores. Em 1956, Carlos Drummond de Andrade escreveu “Fala, amendoeira”:
“Pousou a vista, depois, nas árvores que algum remoto prefeito deu à rua e que ainda ninguém se lembrou de arrancar, talvez porque haja outras destruições mais urgentes. Estavam todas verdes, menos uma. Uma que, precisamente, lá está plantada em frente à porta, companheira mais chegada de um homem e sua vida, espécie de anjo vegetal proposto ao seu destino”.
Até o próximo post!
ADRIANO GRONARD
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